quarta-feira, 25 de agosto de 2010
O amor é cego, surdo e tagarela
Lembro-me que quando pequena uma das primeiras frases que ouvi sobre amor-além do típico ''se casaram e foram felizes para sempre''- foi a seguinte : ''O amor é cego.''
Pois bem, demorei alguns anos pra perceber o verdadeiro significado que se escondia atrás daquelas palavras. Não,que as não entendesse, porém esse é o tipo de sabedoria que só adquirimos de verdade depois que vivenciamos.
Enfim o amor chegou no período de menina pré-adolescente que se encanta pelos meninos mais velhos da escola.Já que era apenas um encantamento, fogo bobo de menina, não encaro tal fato como amor.Mas na época eu jurava que era, então,consideremos tal fato com o início de muitas desilusões amorosas que vieram e virão ainda.
O tal príncipe dos meus sonhos de pré- adolescência até que era um galã desses bem bonitos e com um atrativo em especial.O desse príncipe fajuto era o cabelo ondulado,loiro,cheio de brilho que dava um charme especial ao rosto com traços tão masculinos e tão suaves ao mesmo tempo.Era aquela ''paixonite'' de adolescência onde eu nunca havia conversado com tal, mas ele era O CARA e não tinha igual.Um ano e meio depois quando a paixão já se tornara totalmente sem graça pela falta de contato que tínhamos e que eu imaginava que teríamos um dia, mas no fundo me conformava que nunca iria existir tal possibilidade.Bem nesse período mais ou menos tivemos nosso primeiro contanto e vi que realmente o galã que me fizera suspirar tanto pelos cantos da escola e da casa não era nada além de um cara nada interessante e mal educado.Foi minha primeira doce desilusão.Aí falei pra mim mesa: o amor é cego!Eu via a beleza dele, mas não sabia que o essencial era a beleza que vem lá de dentro, já que essa pode embelezar ou destruir toda uma imagem.O pior de tudo é que percebi que perdi muitas conversas que poderiam ter sido interessantes com minhas colegas de classe do primeiro grau, já que sempre dava um jeito do assunto do recreio ou da aula mesmo envolver meu galã.Sempre falava sem parar dele. Até comigo mesma.Em frente ao espelho ensaiava tudo que eu deveria dizer a ele no dia que meu sonho quase impossível dele se apaixonar por mim se realizasse.
Com o passar dos anos tive alguns encantamentos rápidos, alguns medianos, nada muito duradouro.Não era amor, mas os sintomas eram parecidos. O pensamento só ficava no ''cara da vez'', nas conversas com as amigas sempre tinha que arranjar um pretexto pra falar do sujeito,as conversas comigo mesma, então, nem se fala.Mas em um ou outro desses casos rápido também tive que ouvir.Ouvir muito.As pessoas sempre me aconselhavam, minhas amigas sempre falando com quem deveria tomar cuidado ao me envolver, fazendo um julgamento frio da tal pessoa. Mas julgamentos frios são os melhores, pois quando não se há um sentimento muito forte podemos enxergar certas verdades nítidas mas que a cegueira do amor não nos permite ver.O amor é cego não é só quando achamos aquele carinha magrelo e desengonçado que se está amando um Tom Cruise da vida não ,é cego em todos os quesitos.Não se vê direito nada, não se consegue enxergar coisas que antes você pegava no ar.O amor é míope e astigmático, não se vê nem de perto muito menos de longe.Não se vê nada.Se cega.
Mas aí descobri com essas minhas experiências e diversas horas que passei ouvindo uma amiga ou várias amigas me aconselhando que o amor também é surdo.Apesar de ouvir verdades duras eu me arriscava.Porque ele fez isso com fulana, não quer dizer que ele faça comigo.São casos diferentes.-pensava eu.O que valia era agir com o coração, mas esse é traiçoeiro.Não que não se deva ignorar o que este induz a gente a fazer, mas uma boa dose de razão não faz mal a ninguém.
E logo depois de viver mais uma cruel desilusão por ter sido cega, por não ter ouvido os outros e ainda ter que parar pra ouvir um'' eu te avisei!'', eu continuava a falar.Tagarelava as burrices que fiz, a culpa que eu tinha, o quão arrependida estava, como uma forma de me livrar de tamanha frustração. Tagarelava sem parar.Boas ouvintes essas que me acompanham até hoje.Uma vida quase toda tagarelando com elas, até esse tipo de coisa chata de se falar e de se ouvir.
Agora to naquela fase intemediária entre o que se chama de um amontoado de fracassos e desilusões quase-amorosas e a possibilidade de começar um novo amor.Desses que parece ser pra valer, mas que também podem não ser.Porém se não for continuarei no intermédio.Entre o meio das coisas. Entre o meio de tantos desejos.Uma coisa é certa tiro uma lição disso tudo e a uso agora pra pensar mais friamente antes de começar algo que ameaça dar certo, mas exige muito sentimento: O amor é cego, surdo e tagarela-tome cuidado!
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7 comentários:
Que lindoo o seu blog também!! Adoreii!
O amor? ahh esse amor! Acho que na verdade ele se faz de cego, surdo e tagarela.
beijos
É amada, vamos assim, aos trancos, aos poucos, e aos beijos, até o amor bater na nossa porta. Às vezes ele toca, bate, e a gente só escuta quando é tarde demais. Uma pena. Mas boa sorte na tua busca! Que no mínimo, te divirtas.
Beijinho!
Por mais que doa e eu me decepcione
eu sempre me jogo. Sempre!Beijos Tha =*
O amor realmente é cego, mais eu concordo ainda mais quando diz que é surdo, é incrivel como fechamos nossos olhos e nossos ouvidos quando se trata de um novo amor, ou de uma nova 'obsessão'' eu diria. Mais a verdade é que mesmo estando cansada de saber disso, mesmo tambem ter tido varias decepções ao longo desse tempo é inevitavel e acabamos sempre nos entregando, falo por mim peo menos. KASOKPOASPKO (:
Eu simplesmente amei esse teu post.
E estou tomando cuidado com esse amor que vem aos trancos, cego, surdo e tagarela.
Beijo grande!
oi .. desculpe por não ter respondido a alguns comentários, modifiquei todo o blog e agora estou de volta!beijos;*
O amor é cedo, surdo. O tagarela depende do amante, haha. Mas é, concordo plenamente com as tuas palavras. Só aprendemos sobre amor a medida que vamos vivenciando, somente lições não nos ensinam sabedoria, é preciso viver.
Bonito texto e boa sorte no amor, mesmo ele tendo sempre tantos defeitos.
=*
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