quarta-feira, 9 de março de 2011

Amor também tem prazo de validade



Tenho pensado tanto no caminhar da minha vida ultimamente. É impressionante como algumas coisas perdem o sentido. Como algumas pessoas perdem o valor. Como alguns sentimentos se perdem e vão embora sei lá pra onde.E de repente uma coisa que a gente queria muito que acontecesse, acontece, e não é a mesma coisa. E a gente não sente mais aquilo que sentiríamos antes, e não há mais encanto, e não há mais nada.
Pois bem, me aconteceu dessas coisas que a gente quer tanto, que a gente sonha tanto,que a gente até faz promessa pra Deus pra acontecer. Aconteceu, agora, meses depois. Aconteceu quando eu já nem me importava mais e acho que por isso não teve sentido, não teve alegria, nem tristeza, foi algo indiferente, desnecessário -agora.Algo, que hoje, nem sei porque tanto quis que acontecesse.
Vejo, então, que o amor tem data de validade, logo eu que achava que não. Eu sempre pensei que por mais que a gente passasse muito tempo sem falar e/ou ver uma pessoa que se amou, quando se reencontrasse nem que fosse uma fincada daquelas que a gente sente no coração ou o típico nó na garganta dos apaixonados inseguros, afastados ou dos ex casais eu iria sentir.Mas não, não houve fincada, nem nó na garganta, nem saudade, nem lembrança, nem incômodo. Não fiquei alegre, nem triste. Fui indiferente sem ao menos querer ser.E por onde andava essa indiferença quando eu tanto precisava dela?Por onde, me diz?Agora que não a procuro, nem faço questão de tê-la ela me invade dos pés a cabeça, ela é presente na minha cara de paisagem, no meu olhar distante ao ouvir você falar. Ela é tão perceptível na minha falta de gesticulação, na imobilidade do meu corpo que antes tremia ao te ver.Ela está nessa falta de brilho no olhar, nessa falta de entusiasmo ao te ouvir, nessa falta de curiosidade em saber o que lhe aconteceu.
E quase sem querer me vejo concordando com tudo que você fala e rindo pra não te deixar sem graça, coisa que faço sempre que não estou muito interessada no assunto da pessoa.E quase sem querer me vejo sem saber o que realmente me encantava em você.Acho que era coisa da minha cabeça isso de te amar.Está tão monótono isso de poder te ter, agora, meses depois. Agora já não tem mais graça. Sempre fui mulher de querer tudo na hora que eu necessitava e reivindicava. Agora com toda licença, se me vens a procurar e falar daquele amor que tanto te dei e você desperdiçou, só te digo com toda a sinceridade e até um pouco atônita -pra sair um pouco do meu estado de indiferença-tanto faz a tua procura, tanto faz aquele amor. Eu dispenso o teu afeto tardio.

10 comentários:

Fernanda Avenia, disse...

Eu tinha me esquecido do como você escreve bem Thalita, fiquei um pouquinho ausente, mais voltei a ler seus textos e é incrivel como sempre me identifico com cada palavra. A forma como você escreve, me lembra tanto Caio Fernando, que é parte de mim que eu fico abismada. E feliz por pessoas como você não desistirem desse dom e continuarem escrevendo, mesmo que seja só por um desabafo, mais inconscientemente tirando as palavras do coração de muitas pessoas.
Parabéns (:

Cáh disse...

Nossa Thalita, gostei deste texto...
e quer saber, sei bem disso, tem prazo de validade mesmo. Hoje olho tantas coisas que tiveram vida em mim e hj não passam de desconhecidos.


Um beijo!!

hidden desires disse...

Gostei muito do seu blog também, tanto é que estou seguindo!
Lindos seus textos, Parabéns! =)

Lena disse...

Oi, Thalita
Adorei seu blog, de muito bom gosto e o post tem um texto lindo!
Voltarei com calma.
Parabéns!
Um ótimo fim de semana pra você! Bjs.

Lena disse...

Thalita,
Eu de novo. Tenho um primo que parece que é reitor da Universidade Federal de São João. Chama-se Maurício Novaes, casado com Angélica e pai de Rodrigo, Clarice e Gabriella. Sei que a cidade é grande, mas talvez voce possa conhecer...
Bjs.

lídia martins disse...

Sabe qual é a parte boa de apagar-se? É reiventar-se todos os dias.

Não se pode viver sem amor. Sem amor o mundo evaporaria.


Te abraço com ternura.

Anônimo disse...

Um dia tá tudo bem ! no outro não tem mais nada ? que vida bagunçada! essa nossa historia daria uma musica # triste #fria e#sem final feliz

Lena disse...

Oi, Thalita
Até no amor não podemos perder a oportunidade. A fila anda! Lindíssimo o texto. Parabéns pelo Dia do Poeta!!!Bjs.
Obs:. E eu pensando que o meu primo fosse reitor...rsrsrs...

Marinha disse...

Texto perfeito!
Tens um jeito direito e leve de escrever.
Não desista de ti, menina. Pois, na verdade, se não nos respeitar-mos e priorizar-mos, quem fará isso por nós?
Bjo e paz e sorrisos pra ti.

Moda in Pauta! disse...

Mulher do céu, foi tu quem escreveu isso? PERFEITO! e eu penso justamente isso, q vc pode ver a pessoa daqui há 10 anos e vai sentir tudo de novo... mas de repente nem é, né?! Tenho um namorado, puts, mt complicado! huahua, ja vou te tratar como minha conselheira sentimental. pode? huahua. Beijos, adorei tudo aqui!
Carla Herbelly.

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